Culto ao lead: nem só de lead vive o marketing digital - Aldeia Conteúdo

Culto ao lead: nem só de lead vive o marketing digital

Será que o marketing digital só vive de leads? O que acontece quando cultuamos demais esse possível cliente, sem considerar outras etapas?

Leia abaixo no artigo do nosso diretor executivo, Álvaro Vargas!

 

Culto ao lead: nem só de lead vive o marketing digital

 

Tecnicamente, o lead é um contato que forneceu informações pessoais, como e-mail, telefone e outras solicitadas por meio de um formulário no site ou outro ponto de contato. Em tese, esse consumidor manifestou interesse pela sua empresa ou pelos produtos que você comercializa. É possível, sim, que ele esteja querendo entender mais sobre seus produtos e serviços e que esteja muito próxima da decisão de compra.

Como as ferramentas online trouxeram a possibilidade de segmentar melhor os públicos e comportamentos, de mensurar os resultados e de captar clientes através de formulários, os tais leads, é possível perceber o frenesi em torno do crescimento do volume desse resultado, ao qual chamamos de culto ao lead. As empresas querem cada vez mais contatos. E o lead virou o Deus do mercado. Até mesmo as empresas prestadoras de serviço de marketing digital entraram nessa onda e prometem entregar milhares de leads para fechar contratos.

Só que o lead – já ficando repetitivo no texto, mas é isso mesmo – é quase o ponto final de um processo muito mais amplo que está sendo renegado a um resultado de resposta direta, ou seja, no resultado imediato de alcançar os contatos de pessoas interessadas para buscar a conversão em vendas. Acontece, amigo leitor, que se sua marca ou produto não estiver presente na vida dos consumidores não será considerado, muito menos desejado. E aí não tem estratégia de Inbound que dê jeito. Os leads ficarão cada vez mais caros e você nem vai saber por quê. Esse é preço que se paga pelo culto ao lead!

Muitas vezes, quando cultuamos o lead (supervalorizamos), esquecemos que é necessário atuar em outras frentes: marca, interação, nutrição e, só por fim, a conversão (lead). Perceba, que é um caminho que as marcas precisam percorrer. Primeiro, você apresenta sua marca ou seu produto e aí, se estiver dando certo, é possível que as pessoas queiram saber mais, possibilitando a interação. Pronto, a marca começou um relacionamento que deve ser nutrido para que, enfim, possa acontecer a conversão (a chegada do tão desejado lead).

Acreditamos na comunicação construída para cada cliente, junto com ele e focada em resultados consistentes e reais. Nós não participamos do movimento de culto ao lead. Entendemos a sua importância, inclusive como métrica (nós amamos métricas!), mas ele faz parte de um processo. Não tiramos do nosso radar o conceito de OSEP (Tia Su uma hora fala disso).

Só pra finalizar, outro dia, assistimos a uma apresentação em que um dos slides do ppt tinha a frase Digital First, com o First riscado e escrito Only por cima. Digital Only. Tivemos arrepios. Ora, dá uma olhada pela cidade e veja que a Netflix, por exemplo, tem feito campanhas em outdoor para divulgar seus conteúdos, que são totalmente online. O conceito de cultura da convergência, quando todos os canais convergem para o consumidor online, nunca antes esteve tão em voga como agora.

Afinal, por que você acha que a Netflix está investindo em outdoor?


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Por:
Álvaro Vargas