Quando o gosto pessoal começa a prejudicar o negócio
No dia a dia das agências são super comuns situações em que o cliente desaprova as peças e textos de acordo com seu gosto pessoal. E, na maior parte das vezes, ele não sabe explicar tecnicamente o motivo pelo qual não gostou. É algo recorrente e um verdadeiro desafio.
A demanda ‘vai e volta’ e nunca é aprovada (seja visual, textual, de conteúdo, etc.) porque simplesmente quem aprova não gosta do layout, do texto, da abordagem. E aí? O que fazer? Começar tudo de novo? Refazer o briefing?
Antes de receber a pomba-gira, a gente acha que algumas perguntas precisam ser respondidas e debatidas com o cliente. Preparamos um roteiro para reflexão e discutir a relação (hehe)!
1) Por que o job foi reprovado?
Neste ponto, é importante verificar se existe algum motivo técnico ou conceitual que possa prejudicar o entendimento do público perante a peça ou o desempenho da demanda em questão.
2) O trabalho executado atende ao seu propósito?
Se as questões do tópico anterior não foram identificadas, vale uma reflexão para saber se o job atende ao briefing pelo qual foi idealizado e aprovado, de forma competente.
Às vezes, ele já atende bem, mas pode precisar de alguns ajustes para atender melhor. Podem ser detalhes que passam despercebidos ou acréscimos de informações que agregam a sua finalidade.
Outras vezes, a peça já atende muito bem da forma que está e, nós, como prestadores de serviço, não conseguimos entender o porquê da reprovação, e nos vemos de mãos atadas perante o cliente.
3) As alterações ou refações são realmente necessárias?
O gosto de quem aprova a peça pode estar influenciado por algo que foi visto em uma primeira versão apresentada, não agradou e voltou. Por mais que essa peça seja alterada, ela nunca estará boa o suficiente, pois a percepção da pessoa já foi contaminada.
A questão é que nem sempre a peça precisa de tanta força de trabalho gasta sobre ela, e acaba perdendo tempo de publicação/uso por estar sendo “barrada” sem um motivo relevante o suficiente.
4) No caso do online, o timing é curto e tudo!
As alterações ou refações podem fazer com que o cliente perca o timing da peça. Quando ela finalmente for liberada, não terá mais o mesmo desempenho que teria se estivesse sido liberada no tempo previsto.
Já a agência, perde em tempo, força de trabalho e desgaste de equipe nos quesitos motivação, qualidade e desempenho.
É preciso que as agências se empoderem sobre a forma com a qual apresentameste tipo de trabalho “vai e vem” para o cliente. É necessário que elas estejam munidas de defesas técnicas que deixem claro o porquê de cada item estar ali, e daquele jeito. Essas defesas precisam ser fortes o suficiente para que se sobressaiam em relação ao gosto pessoal de quem aprova.
Elas devem questionar: por quem essa peça vai ser vista? Ou seja, a qual gosto ela realmente deve satisfazer – ao de quem está aprovando ou ao do público que vai ser impactado por ela e gerar os resultados esperados?
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